A principal distinção entre o Skype e outras tecnologias baseadas em VoIP está relacionada com a adopção de uma arquitectura P2P híbrida desenvolvida pela organização fundadora do sistema de file sharing Kazaa, ao contrário do modelo convencional client-server (CS). A estrutura subjacente ao Skype permite, deste modo, a partilha de recursos entre os diversos nós da rede evitando a utilização de um servidor central. De notar que o termo híbrido é incluído pois apenas processo de autenticação do utente é efectuado seguindo o modelo CS e recorrendo a mecanismos relacionados com chaves públicas[19].
O esquema implementado discrimina os nós activos na rede em duas categorias: nós normais e super-nós (SNs). Os nós ditos normais encontram-se obrigatoriamente conectados a SNs que constituem endpoints na rede do Skype, actuando como servidores proxy para os utilizadores. Para tal, cada cliente armazena numa cache o endereço IP do super-nó e os pares de portos.
O segundo tipo de nós referidos possuem endereços IP publicamente acessíveis permitindo, como tal, contornar restrições geradas por mecanismos como o Network Address Translation (NAT) e firewalls, presentes em nós “vulgares”, possibilitando o estabelecimento de comunicações entre estes mesmos.
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Inicialmente, os SNs eram promovidos de um peer comum a esta classe, com base na capacidade computacional, ausência de firewalls, memória e largura de banda que dispõem.
Actualmente, o número de super-nós foi reduzido e não existe a possibilidade de um utente comum ser promovido a esta categoria. Estes nós são agora servidores administrados pela Microsoft, correndo uma versão do sistema operativo Linux no sentido de reforçar a segurança e estabilidade da rede.
É ainda importante referir que o Skype utiliza tanto o User Datagram Protocol (UDP) e o Transmission Control Protocol (TCP) no que diz respeito à camada de transporte. Contudo, é escolhido preferencialmente o protocolo TCP para sinalização.
Arquitectura Global
